No mundo existe o Homem,
criação e dualidade,
multifacetado e único,
ser que embora humano
é capaz de tudo destruir.

No mundo existe este Homem,
soberano na Terra,
em sua caminhada,
na sua busca,
tendo poder sobre as demais espécies.

No mundo este Homem dividido
entre a face do mal
e o azul mais bonito,
é esta flecha lançada no infinito,
e quase nunca sabemos o seu destino.

O Homem, este caçador da sua espécie,
mão que constrói, mão que destrói,
corrente que prende, machado que corta,
é rei e algoz.
Homem que engole o tempo...

No mundo existe o Homem,
montanha íngreme de sentimentos,
cordilheira insana de pensamentos,
abismo profundo e escuro
de intentos.

Homem que decide e corrompe,
que salva e é também criador.
Humanidade que se lança ao futuro,
olhos vendados, olhos abertos,
procissão adormecida que precisa despertar.

No mundo este Homem é capaz
de matar e destruir em nome das abominações,
cobiça, luxúria, inveja, falsas convicções...
O Homem adormecido é o algoz do Homem,
da Terra, do conhecimento e de si mesmo.
(O Homem adormecido por Adriana Janaína Poeta)
Clube de Leitura dos Poetas



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