Forte Por Adriana Janaína Poeta/ in Adaga/ Clube de Leitura dos Poetas

Forte
Por Adriana Janaína Poeta

É tão difícil amar
no mundo tão árido,
cheio de espetos, paus, abismos.
Repleto de lâminas,
pontas afiadas
e montes escarpados.
Ser uma,
e sempre ter que manter
os punhos cerrados.

Mas, a minha alma
ama a flor
e cheira à poesia.
Em minhas mãos,
adormecidos,
eu tenho versos,
que devo guardar,
escudo erguido.

E sendo tão frágil,
devo ser gigante e forte.
E sendo sensível,
devo encarar e rugir
como leoa e fera.
Porque mesmo durante o sono,
tenho que proteger
a mim, aos meus,
e lutar.

Ser sempre guerreira,
sendo rosa branca.
Vestir sempre armadura
e esconder a minha estrela.
Ainda ser, no fundo,
menina,
mas, não poder ser sequer
feminina.

Andar com a lança
sempre erguida.
Botas e esporas,
adagas à mão.
Ser ilha
na multidão.
Forte. Forte. Sempre forte.
Apenas isso.
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