Anjo sem asas Por Adriana Janaína Poeta

Anjo sem asas
Por Adriana Janaína Poeta

Um anjo sem asas
eu posso ver.
mãos atadas ao vento,
meu bem querer.

Pés alvos e nus
na claridade.
Olhos oblíquos e puros,
perdidos na paisagem.

Seu dorso debruçado
nos alpendres,
visão interior esticada,
procurando amor.

Mas, basta fechar os olhos
e cerrar a tempestade,
pois o anjo tem tudo sempre
que pode querer.

E enquanto caminha,
dança,
canta, pula, sorri, rodopia.
O anjo é a própria sinfonia.

Um anjo pode ter deixado
bem guardadas as suas asas,
mas o seu beijo ainda vibra
nas suas amadas costas.



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