Asas por Adriana Janaína Poeta/ in Poemas de Amor

Eu cheguei aqui
mergulhando fundo,
olhos fechados,
mãos perfazendo um novo coração.

Eu observava
com outros diferentes,
mas iguais, 
nos lugares mais altos...

Olhávamos. Olhávamos.
Ouvíamos. Meditávamos. 
Tantas vezes nos espantávamos.
Mas, sempre fui tão diferente.

Todos queriam apenar compreender
não o sentido real,
apenas o por quê,
algum motivo.

Existe dor no mundo.
Existe flor no mundo,
e rios e mares,
e montanhas e precipícios.

No céu, não temos isso.
No universo, isso não existe.
Gostos, vento, sol no rosto,
e o toque suave e macio de um corpo.

Temos que cortar nossas asas,
 e é doloroso e intenso.
Temos que caminhar sem elas
e escolher.

Mas, as asas não partem.
Nunca desaparecem completamente.
Chamam nosso nome sagrado,
choram, arranham e gritam. 
(Asas por Adriana Janaína Poeta/ in Poemas de Amor)

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