Das responsabilidades por Adriana Janaína Poeta

     Temos pouco para nos orgulhar, no Brasil atual. Mas, a Flor do Brasil, é o Povo.
     Gente simples, que mesmo em meio as tempestades, sendo privado de tudo, não para de lutar, não deixa de sorrir e não abre mão da Esperança.
     Olhamos para cima, quanta lama, quanto egoísmo, quantas injustiças e impunidades...
     No coração do povo, segue acesa a chama.
     Não vejo meu Brasil de pé de novo sem Intervenção Militar, não vejo. E é doloroso perceber que a Democracia, que não é perfeita, mas entre tudo o que existe, é o que melhor há, não basta para nós, brasileiros, porque privilégios para amigos, não é Democracia, nunca foi. Sendo seletiva, não é.
     Não que os Militares queiram, é o povo que deseja, desesperado por ordem e segurança.
     É isso, amigos. E sei que muitas vezes, meia dúzia gostaria que eu me calasse. Mas, não se tem um cérebro que funciona e um coração talhado em poesia, impunemente.
     Se me calo, não respiro. Então, não me calo.
     Mais importante que ser o que gostariam, é ser quem sou. Porque não sou à toa, nunca esperem de mim omissão.
     O Brasil que eu vejo, sem segurança, e não por culpa dos policiais, que fazem milagres, especialmente aqui no meu estado do Rio de Janeiro, pois são heróis, não pode viver eternamente navegando na insegurança. O Brasil de morosidades, impunidades, injustiças, desigualdades.
     Porque o mundo sempre foi um caos, sabemos, com alguns momentos de progresso, mas de uns tempos para cá, não enxergamos o fim, isso fica patente nas notícias, no que ouvimos e vemos, no que nos contam e passam, no que vivemos também. Sentimos na carne, como brasileiros, o resultado do que já germinava, silenciosamente, e não percebemos, a não ser quando os resultados da Corrupção cresceram a ponto de não ser mais possível ocultar.
     Como confiar num País que vive mergulhado na Impunidade, na Corrupção? E tirem o povo disso, porque a coisa mais covarde que fazem é pôr a culpa nos mais frágeis, nas vítimas. Quem meteu a mão e pegou o que não lhes pertencia que tem que ser responsabilizado. Quem tem na ponta da sua caneta ou martelo vidas e o alheio, carrega na mão uma arma. Pode destruir vidas inocentes, pode causar desgraças, e sabe muito bem que não está onde está, para presentear e proteger amigos. Então, a responsabilidade não é do povo, mas de quem desonra o cargo. Seja quem for, esteja onde estiver.
     Meu Brasil, por mais difícil e incômodo que seja, abra os olhos. Porque o nosso País é como nossa casa, é nosso chão. É a Terra dos nossos pais e será das futuras gerações. Não estamos aqui de passagem, não somos visitas, não estamos aqui de aluguel.
     Tudo o que existe, do Oiapoque ao Chuí, é Brasil, e é nosso.

(Das responsabilidades por Adriana Janaína Poeta)  



Comentários