Hoje sonhei com meu Pai por Marcelo Bernardo - 13/08/2017
Hoje sonhei com o meu pai, Rubens. Um homem honrado, trabalhador, bom pai e amigo, que estudou a vida
toda, fez cinco faculdades. Meu pai fazia tudo para reunir a família, sempre
ajudava a todos, dava bons conselhos, detestava qualquer forma de corrupção e
práticas ilegais, a menor que fosse. Até hoje, o meu exemplo para tudo nessa
vida.
Eu
lembro dele contando que, quando eu era ainda um bebê, costumava dormir quando
amanhecia. Ele chegava do trabalho, ia até o meu quarto, ficava brincando
comigo ou fazendo simplesmente companhia, até que adormecia ao meu lado,
exausto pelo longo dia de trabalho e depois estudos.
Anos
mais tarde, já rapaz, eu costumava esperá-lo com um sanduíche que eu fazia e
ele adorava. As vezes, quando era eu que chegava, ele estava, de madrugada, estudando ou adiantando trabalho para o dia seguinte, na sala que ele reservou para estudar e organizar trabalho quando em casa. E eu perguntava:
- Pai, você jantou? Está com fome?
E eu sempre fazia uma comida para nós dois, e lhe fazia companhia. Conversávamos, ríamos até amanhecer.
- Pai, você jantou? Está com fome?
E eu sempre fazia uma comida para nós dois, e lhe fazia companhia. Conversávamos, ríamos até amanhecer.
Meu
pai dizia que admirava meu jeito livre de ser.
-
Eu admiro em você essa sua capacidade de lutar pelo que você acredita e não se
sujeitar ao que te faz infeliz. Eu queria ser assim...
Meu
pai era um homem admirável, justo, vivia para os estudos, trabalho e família.
Era excelente irmão e filho também.
Como
tínhamos o mesmo timbre de voz, eu ainda garoto, certo dia imitei sua voz ao
falar ao telefone com minha vó Maria, mãe do meu pai.
Ela
ligou para nossa casa no meio da tarde, e quando atendi, pensou que era meu
pai.
-
Rubinho, meu filho! Como você está?...
E
eu, muito travesso, segui com a conversa por alguns minutos, até que ri e
revelei:
-
Vó, sou eu, seu neto, Marcelo...
E
rimos muito. Meu pai se divertiu, ao saber. Porque eu sou o primogênito, e ele
gostava que fizessem comparações entre nós dois. Todos diziam, e dizem até
hoje, comparando as fotos, que eu pareço muito com meu pai, motivo de grande
orgulho para mim.
Quando
meu pai se foi, em um dia cinzento de julho de 2000, oito dias antes do meu aniversário, eu senti que haviam retirado o meu
chão. Foi duro, é até hoje. Porque existem pessoas que são únicas, especiais,
feitas de uma substancia divina e pura. Assim era meu pai, assim era minha avó
Dorinda, que também me criou e inspira até hoje, por seu amor e doçura, seu
senso de justiça e bondade. Os dois são meus exemplos eternos do que de melhor
e mais terno existe neste mundo. O que
eu sou, essa minha força para continuar fiel aos meus princípios, eu devo a
eles, aos bons exemplos deles.
E
minha vó Dorinda havia partido antes do meu pai. Me senti sozinho neste mundo,
percebi que uma parte de mim foi com ele, apesar de sempre o sentir por perto.
Meu
pai e eu fazíamos coisas juntos que estão tão bem gravados na minha memória,
que parece ter acontecido ontem. Fazíamos plantas das reformas na casa,
assistíamos filmes juntos, durante um bom tempo, trabalhamos juntos, as
refeições à mesa, os natais, anos-novos e reuniões que ele sempre organizava, os
equipamentos de som e outros que nós montávamos juntos. Ele as vezes me olhava e dizia:
-
Filho, como você consegue fazer isso tudo tão facilmente, sem ler manual?...
E
hoje, no Dia dos Pais, sonhei com ele. Ele vindo me visitar, como fazia quando
era vivo, e sempre me abraçava forte. Sempre com aquele sorriso franco, amável
e largo.
-
Filho, você está bem?
Eu
aproveitei todo o tempo que pude com meu pai. Mas, sempre parece que não foi
bastante. Fica a saudade, o cheiro, a voz, a risada, os gestos, a maneira de
falar, os gostos, aqueles passos firmes e o abraço forte.
Quando
sofri os acidentes, meu pai esteve sempre ao meu lado, e eu sabia que era
difícil para ele, porque além do medo de me perder, os médicos disseram que eu
não resistiria, meu pai nunca gostou de hospitais. Ver minhas fraturas e
diagnósticos o arrasavam. Mas ele estava lá. Sempre esteve. E sempre serei
grato por isso.
Me
orgulho muito de ser seu filho, de ter um pai honrado e justo, que viveu para família
e os estudos, foi bom amigo e bom irmão, bom pai e um homem digno.
São
pessoas como ele que fazem com que continuemos acreditando que o bem existe e a
vida vale a pena.
(Hoje sonhei com meu Pai por Marcelo
Bernardo - 13/08/2017)
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